Maioridade Penal.
Não é admissível que seja recuada a idade para imputação de crimes e, conseqüentemente, a lei criminal atingisse menores de 18 anos. No entanto, igualmente, não se pode mais ser tolerada a impunidade, como a de um psicopata “Champinha” que violentou e matou um casal de namorados, num acampamento no Embu-SP e outros tantos que, escapam da punição por seus crimes por serem menores de 18 anos.
Qual seria a solução? Simples: a maioridade penal deve permanecer de 18 anos e, no caso do cometimento de crimes de homicídios dolosos, por menores que essa idade, a maioridade penal se instale para seus autores. Ou seja: cometido o homicídio doloso, a maioridade ocorreria, automaticamente, como emancipação assumida.
Esclarecendo: menores de 18 anos serão inimputáveis. Porém, ao cometerem tais crimes, sua maioridade estaria determinada como existente. Assim, não seria a sociedade a imputar o menor, mas o próprio menor que, ao cometer um crime, se declararia maior. Uma escolha dele!
E nem cabe falar, hipocritamente, que não existe capacidade (ainda) para um “menor” fazer uma escolha, nestas condições. Pois ele a faz quando decide matar. E o faz por conta da impunidade reinante.
É razoável pensar que, um menor pensaria duas vezes antes de “tornar-se maior” antecipadamente. Pois a maioridade seria uma escolha dele, através de um grave delito. Este seria o fim da impunidade para “menores” que usam e abusam da criminalidade, certos de que sempre poderão contar com o limite de idade até onde vai essa impunidade.
Outro erro nesta área é a temerosa mistura de menores infratores com criminosos de fato. Assim, adotado o aqui proposto, a solução se instalaria, onde a falha da lei atualmente gera impunidade. Já houve casos de menores, com idade de 11 anos, contando mais de 12 homicídios praticados, mais que a quantidade de anos de sua própria existência.
Que tipo de "ser" seria este? Que sentido tem a vida alheia para um “ser” assim? Talvez a única vida que lhe importe seja a sua própria e, mesmo assim, por puro instinto de sobrevivência, sem quaisquer tipos de sentimentos. "Seres" assim tornam-se “coisas”. Perdem até a qualificação de animais. Pois os animais só matam em defesa própria, de sua prole ou para alimentar-se, de acordo com as leis naturais.
Nossa sociedade está doente e os sintomas se acentuam. E o agravamento da “doença social”, da qual padecemos e assistimos pasmos, parece irreversível, enquanto o homem não lembrar que, afinal, é humano. Não creio ser relevante a idade de um criminoso contra a vida, conscientemente. Que mata para obter vantagens rápidas diante da competição de “mercado”, à qual a vida se tornou.
É lamentável isso. E mais lamentável é saber que os maus exemplos partem, exatamente, das mais altas esferas do poder constituído. Até quando seguiremos na obstinada mania de eleger nossos algozes?
JOAQUIM SATURNINO DA SILVA
Enviado por JOAQUIM SATURNINO DA SILVA em 01/10/2014